"Horas benditas, leves como penas, Horas de fumo e cinza, horas serenas..."_Florbela Espanca. E este será um recanto para um encontro de amigo(a)s, para tomar chá ou café, receitas caseiras em doses de afectos ou outros sabores de boa disposição...ah: e sobre ditos, mitos & ritos...

21/04/2008

...Vamos tomar chá? ...






(A pedido da Sofia, encontram-se em preparação algumas "ideias", para acompanhamento...)










VAMOS TOMAR CHÁ ?







Nota intermédia :


Graças à pronta contribuição da própria Sofia, existem já duas "escolhas", receitas de bolachinhas _ de canela e de limão _ sob a forma de "comentário", que devem espreitar... e irão sem dúvida encher a boca a quem queira experimentar...


Conta-se com o alargamento das contribuições...




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jeeves

18/04/2008

...Sobre " CHÁ "...



Tal como se deixou anunciar no texto de abertura, este local abre espaço a temas como: amizades, sabores, dicas ou tricas...e o chá foi uma das palavras aí presentes.

Penso, então, dever dar-lhe, desde já, um pouco de atenção, prometendo ainda que será tema a aprofundar posteriormente...Ah, talvez venham a calhar algumas "receitinhas" _ de acompanhamentos, está visto! _, ficando assim lançado o desafio a com-participações...

Ora aqui vai uma entrada, que vai levar-nos a algumas particularidades de variedades desta multifacetada bebida, pouco a pouco e cada vez mais utilizada, e com as mais diversas finalidades:








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Dois mil milhões de chávenas de chá. É esta a quantidade de chá consumida todos os dias no mundo, fazendo dele a bebida mais consumida a seguir à água. Define-se pela cor – preto, verde, vermelho, branco...Evoca nomes exóticos – Oolong, Darjeeling, Ceilão... E aromas florais – camélia, rosa, jasmim...Tem propriedades medicinais – combate a formação de células cancerígenas, as inflamações, o envelhecimento... O chá, o verdadeiro chá, é feito com as folhas da Camelia sinensis, um arbusto estimado pelos antigos chineses.Transportada para o Japão por monges budistas, a planta do chá transforma-se aqui num mito. O Cha-no-yu, a cerimónia do chá, é um dos rituais mais apreciados do Império do Sol Nascente. Um ritual a que também o Ocidente aderiu, embora não tão elaborado. O “chá das cinco” é uma refeição inventada na Europa do séc. XVIII para impedir que as donzelas desmaiem de fraqueza nos longos intervalos que medeiam as refeições. Cultivado em climas amenos, o chá caracteriza-se pelas extensas paisagens verdejantes que provocam refrescantes sensações de vitalidade em quem as percorre. Do Japão à Índia, da África do Sul aos Açores, dos Estados Unidos ao Brasil, o chá é hoje em dia produzido em grande escala. Para que todos possam saborear esta bebida verdadeiramente universal. (...) ..."

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Variedades de chá


Variedades de Chá

Tradicionalmente, o chá está dividido em três categorias principais: preto, verde e oolong, conforme o processamento das folhas. Esta classificação diz respeito ao chá preparado com folhas da Camelia sinensis, a verdadeira planta do chá. Dentro de cada uma das categorias, há diversas misturas mais ou menos conhecidas, como o Pekoe, Darjeeling ou Ceilão. No entanto, existem inúmeras outras plantas que se prestam à preparação do “chá” ou, mais precisamente, infusões ou tisanas. Também elas são muito agradáveis ao palato e podem ter propriedades medicinais.

A mais recente novidade no mercado português dos chás é o chá branco, feito igualmente a partir da Camelia Sinensis, mas cujas folhas são tratadas de forma diferente dos chás tradicionais. As principais diferenças entre estas variedades de chá resulta dos métodos de tratamento a que as folhas são submetidas. Os chás pretos são sujeitos a várias horas de oxidação, o oolong é semi-oxidado e o verde e o branco não são oxidados de todo.

Chá preto

É o mais comum dos chás, representando cerca de 70% do consumo mundial. É feito com folhas da Camelia sinensis, proveniente do arbusto perene com cerca de 1 metro de altura, nativo da China e da Índia. As folhas são deixadas a murchar e sujeitas a várias horas de oxidação. Durante este tempo, a água evapora e a folha absorve mais oxigénio. Como resultado, as folhas de chá preto são muito escuras, daí o seu nome. O chá preto tem o sabor muito mais pronunciado e, quando bem misturado, contém maior percentagem de cafeína (50% a 65%) que outros chás.

Chá verde

É o chá mais consumido no Japão. As folhas são as mesmas que as usadas no chá preto e oolong, mas são vaporizadas imediatamente depois de serem colhidas, pelo que permanecem verdes. O chá verde não é oxidado. As folhas recém colhidas são deixadas a murchar apenas ligeiramente, sendo imediatamente enroladas e torradas. Como resultado, o chá verde é de qualidade mais herbácea ou vegetativa que o preto ou oolong. Uma chávena de chá verde é geralmente mais leve e com mais nuances que outros chás. A mistura, feita a temperaturas mais baixas e por menos tempo, resulta em chás com menos cafeína (10% a 30%). Diversas pesquisas médicas atribuem ao chá verde propriedades notáveis, sendo mesmo referido como um dos “super-alimentos” do futuro. Nas regiões da China onde é plantado o chá verde, há cidades inteiras onde as taxas de cancro e doenças são significativamente menores do que a média nacional.

Chá oolong

Alguns entusiastas defendem o oolong como o “champanhe” dos chás. As folhas, grandes, são parcialmente oxidadas, representando 3% do consumo mundial. Contém um teor de cafeína médio, entre o preto e o verde, apresentando um sabor nem tão forte nem tão subtil como aqueles chás. O seu aroma é, antes, comparado ao de flores ou frutas frescas.

Chá branco

As folhas do chá branco são apanhadas à mão, vaporizadas e secas ao sol, sem passar pelo processo de oxidação. Além de folhas, o chá branco contém uma quantidade de botões da variedade Narcissus da mesma planta do chá, colhidos ainda muito verdes. O chá branco tem menor quantidade de cafeína e um sabor muito delicado, doce e complexo. Algumas investigações científicas apontam para as propriedades benéficas do chá branco, semelhantes às do chá verde, mas mais pronunciadas. É atribuída a este chá a capacidade de combater a formação de células cancerígenas, prevenir infecções, pneumonias e cáries dentárias. Parece ser, igualmente, bastante mais eficaz contra os radicais livres que causam a perda de firmeza da pele. Por esse motivo, a indústria de cosméticos está muito interessada no chá branco para produzir cremes de beleza. Outras variedadesLapsang Soushong - Um chá para os conhecedores, de folha grande, com um aroma “fumado”, muito característico. Exclusivo da China.

Jasmim - Servido tradicionalmente com ou após as refeições, especialmente Dim-Sum. Chá exótico, verde, perfumado com flores de jasmim.

Gunpowder - Nome estranho que deriva da forma como as folhas são enroladas formando bolinhas (pólvora). Chá verde tradicional, pálido, contendo menos cafeína do que qualquer outro chá. É o chá verde mais forte que se usa na Europa.

Keemun - Chá preto tradicional, óptimo para servir durante a refeição.

Yunnan - Chá de cor clara e brilhante. Sabor delicado.- Chá delicado, perfumado com pétalas de rosa.

China Caravan - Um lote feito de chás Keemun. O nome deriva do facto de que costumava ser transportado por camelos ao longo da “Rota das Caravanas” vindas da China.

PUEHR- Um antigo chá chinês apreciado pelo seu rico sabor e propriedades medicinais. É talvez o mais misterioso de todos os chás, sendo o processo de fabricação um segredo bem guardado.

Russian Caravan- Uma excelente mistura de chás Oolong da China e Formosa. Óptimo para tomar à tarde ou à noite.

Assam - Chá com o seu próprio símbolo, proveniente da província indiana do mesmo nome. Chá forte, de cor viva e aroma maltado, muito apreciado.

Darjeeling - Chá indiano, cultivado a uns 2 mil metros de altitude no sopé dos Himalaias, muito apreciado pelo seu sabor delicado, agradável a qualquer hora.

Nilgiri- Chá indiano, com o seu próprio símbolo, tal como os anteriores. Cultivado nas montanhas azuis do Sul da Índia. Sabor forte e perfumado.

Ceilão - Os chás do Ceilão, cultivados nas regiões altas do Sri Lanka, são utilizados principalmente para lotes. O melhor chama-se Dimbula. Todos são excelentes, leves e de bom sabor.

Sencha - O mais popular no Japão.

Gyokuro - O chá mais fino, colhido à mão, à sombra. Líquido verde. Rico em aminoácidos e clorofila.Bancha - Qualidade mais inferior.

Hojicha - Obtém-se torrando dois chás de qualidade inferior, o Boncha e o Sencha.Matcha- Chá preferido para a cerimónia do chá. Trata-se de Tencha, feito em pó.

Fonte: O Livro do Chá da História, do Ritual e a PráticaVeja mais sobre o Chá


16/04/2008

...Surpresa !...



" ... and never loose the capacity of wonder! " _ R. W. Emerson












" ... AND NEVER LOOSE THE CAPACITY OF WONDER! "


É, como já dei a conhecer em outro local, um mote seleccionado de entre muitos, mas que goza de uma posição de excepção perante outros aforismos que gosto de ter por companhia e não por arrimo ou enche-boca em momentos vazios de mais-que-dizer...


Em primeiro lugar, só me servem os que ecoam sentidos que brotam do meu cá-de-dentro, baú que sou de bastantes momentos de quase-saber do que falar por conhecimento, quer adquirido, quer aprovado. Por outro lado, porque me acompanha desde os tempos de liceu, em que a mente começava a deixar-se encantar com algo mais do que livros e a sentir-se mais disponível a ver o mundo com a frescura de olhos prontos a aderir a panteismos naturistas, depois de terem sobrevivido incólumes ao lirismo bucólico exemplar de Camões e de seus modelos clássicos. E foi certamente marcante, pois pouco dada a memorizar sem referência afectiva _e fora do contexto do brio estudantil _ foi uma decisão que tomei, emparelhando-a, como mote, com a frase do britânico e platónico Keats :" A thing of beauty is a joy forever ".


E vim a reconhecer que houve momentos bem sombrios em que essas duas frases foram faróis de luz e alerta ante abismos de quase-desesperança...


Leitora - devoradora de ficção, insaciável de vidas por interpostos protagonistas, não sentia qualquer falta de livros de poesia: era, simplesmente, uma ouvinte constante de música/canções, sobretudo em língua estrangeira, facto que catapultava a minha proficiência em francês e inglês a níveis de facilidade inusitada ... quem precisa de ler poesia quando a ouve e a canta, reconhecendo-lhe essa faceta eminentemente musical e prazeirosa?!


E eis-me, finalmente, no portal do tema desta diatribe, assim a modos que perdida, até eu me dar conta, pela primeira vez na minha vida , que seleccionei, como "aditivo" a esta página, e logo sem reservas desde o seu esboço, APENAS música em português!!

E, como não podia deixar de dizer : o que mais se seguirá? _ Pronta para o que vier...